quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Elias Andreato

Ator e diretor. Como intérprete, transita com desenvoltura nos variados estilos da cena contemporânea, destacando-se nas atuações em personagens densas e angustiadas, comprometidas com o ato de viver. Como diretor, distingue-se sobretudo nas comédias, buscando efeitos de leveza e entretenimento.
No cinema participa de algumas produções, com destaque para Sábado, Os Boleiros e O Príncipe, todos de Ugo Giorgetti.

O senhor é um espectador de curta-metragem?
É muito difícil a gente assistir curta-metragem mesmo porque só em sessão especial, no MIS (Museu da Imagem e do Som) o cinema antigamente, antes dos filmes de longa-metragem passava curta, hoje em dia não sei se passa, faz tanto tempo que não vou ao cinema, mas me lembro que assisti muito curta e fiz muito curta, em cinema a minha carreira é muito pequena mas fiz muito curta-metragem.

Qual é o curta nacional que mais te chamou a atenção?
Olha, um curta que eu fiz... eu fiz a muito tempo e não tinha visto ainda e fiquei muito impressionado que se chama ‘O Pai’. Eu fiquei muito impressionado porque eu resolvi fazer esse curta, o roteiro é muito bacana, muito interessante, é um trabalho de término da ECA (Escola de Comunicação e Arte) e quando eu vi o resultado eu fiquei super surpreso assim... como ficou bacana... mas é muito difícil você assistir a um curta-metragem a linguagem é bacana... tem um curta que eu fiz com o Caco Ciocler que estamos um ano sem conseguir terminar, mas o problema é que não tem aonde assistir a não ser que se tenha uma sessão especial, uma mostra, fora isso não tem aonde assistir curta-metragem.

Você acha que dá para contar uma história em poucos minutos?
Dá, o grande barato do curta-metragem é exatamente isso, a síntese. Tem roteiros deslumbrantes, maravilhosos, que em questão de segundos você entende a história, entende esses personagens e eles ficam ricos com tão poucas palavras, as vezes eu acho que é um exercício para a direção maravilhoso porque se o cara consegue contar uma história num curta-metragem, se ele for se exercitar muito nessa linguagem, quando ele chegar num longa ele está mais do que descolado.