sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Juliana Rosenthal

Juliana é formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo, é atriz, estudou dramaturgia, Short Stories e Sitcom na Universidade da Califórnia (UCLA) e também com nomes como Márcio Araújo, Sérgio de Carvalho, Maria Carmem Barbosa, Samir Yazbek e Ana Miranda.

Qual é a importância histórica que o curta-metragem tem no cinema brasileiro?
Acho que o curta é a chance que os cineastas iniciantes possuem de ter seu trabalho realizado e que os cineastas mais experientes têm de experimentar. Um longa requer muito tempo e bastante investimento, tanto para sua escritura quando para sua produção. Já com o curta é possível fazer cinema, ganhar fôlego e experiência para, se for o caso, partir para produções mais complexas.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Talvez por falta de hábito. Mas muitos curtas se tornam referência, como o Ilha das Flores do Jorge Furtado, que é espetacular. Ou então porque os Estados Unidos também não dão tanta atenção para essa prática, talvez se esse movimento começasse lá daríamos seguimento por aqui. 
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Acho que ao invés de termos tanta propaganda e trailers de filmes antes da exibição de longas nos cinemas poderiam ser exibidos curtas. Além disso, eles poderiam ter mais espaço na TV aberta,  não somente no Canal Brasil.

É possível ser um cineasta só de curta-metragem? Vemos que o curta é sempre um trampolim para fazer um longa...
Sim, da mesma forma como é possível ser um escritor somente de crônicas ou contos, e não publicar romances. O curta é sim um conhecido trampolim para a realização de longas, até porque o longa é normalmente o sonho de quem se aventura a fazer cinema. 
O curta-metragem é marginalizado entre os próprios cineastas?
Não acredito. Um curta bem sucedido é tratado com muito respeito e admiração. Uma boa história será sempre uma boa história, independente do formato.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Não penso em dirigir, mas em escrever. Apesar de ter muito mais experiência com teatro, tenho grande fascínio pelo cinema e pretendo sim me envolver cada vez mais com as diferentes possibilidades da escrita.