domingo, 18 de novembro de 2012

Nanda Lisboa

Atriz, participou da novela ‘Araguaia’ na Rede Globo de Televisão.
 
 
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
O que me motiva é a possibilidade de experimentar, conhecer uma outra linguagem, utilizar uma nova ferramenta de comunicação. E também a oportunidade de desenvolver cada vez mais o meu trabalho como atriz.
 
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acredito que exista pouco investimento na distribuição dos curtas, que permita a sua penetração na grande mídia. Apesar de existirem festivais especializados, eles são muito localizados e atingem um público específico, não despertando um interesse imediato dos grandes veículos de comunicação.
 
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Poderia haver uma obrigatoriedade nos cinemas de exibição de curtas antes dos longas-metragens. Principalmente, dos curtas nacionais. Isso daria visibilidade ao trabalho de diretores, atores, de um grande número de profissionais envolvidos com produção do curta.
 
É possível ser um cineasta só de curta-metragem? Vemos que o curta é sempre um trampolim para fazer um longa...
Penso que é meio como o trabalho do ator, quando se coloca em questão o teatro, a televisão, o cinema... A gente quer experimentar um pouco de tudo, até mesmo para depois optar por aquele veículo que despertou maior afinidade. A gente quer sempre aprimorar, melhorar, buscar novo desafios. Isso é natural. Então, acho natural também que o cineasta que comece fazendo curta-metragem sinta a necessidade de dirigir um longa.
 
O curta-metragem é marginalizado entre os próprios cineastas?
O curta-metragem tem chamado a atenção dos profissionais da área, tem buscado ocupar um espaço maior dentro da mídia especializada. Acredito que o cineasta envolvido com essa arte, que seja respeitado e possua um trabalho reconhecido pela crítica, não marginalize o curta-metragem. Ao contrário, seja um grande incentivador da produção de curtas.
 
Pensa em dirigir um curta futuramente?
A princípio não. O cinema é uma novidade para mim, enquanto atriz. Preciso primeiro conhecer o funcionamento, desenvolver mais e mais o meu trabalho como atriz, para mais tarde pensar nessa possibilidade...