quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Rosana Stavis

Formou-se em Artes Cênicas pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná/Fundação Teatro Guaíra. Participa do Teatro de Comédia do Paraná, atuando, entre outras peças, na montagem de "A Vida de Galileu", de Bertold Brecht, com direção de Celso Nunes, com Paulo Autran no papel-título, em 1989, e "New York por Will Eisner", com texto e direção de Edson Bueno, em 1990. Como atriz, atua também em "A Vida é Cheia de Som e Fúria"; "Nostalgia", "Por um Novo Incêndio Romântico" e "Sonho de Outono".
 
Segue seu depoimento sobre curta-metragem:
 
O que me encanta em assistir um curta e como um artista tem a capacidade de mostrar uma historia em tão pouco tempo. Acredito que o curta tem uma grande importância no contexto do cinema, porque esta experimentação não é fácil de realizar, requer muita criatividade, embora precise de pouco tempo para realizar,  a ideia tem que ser muito boa pra se tornar interessante.

Quando eu fiz ‘Hospede Secreto’, do Fernando Severo, o que me chamou a atenção foi  como eu construiria um personagem tão intenso, passando tantas emoções em um tempo curto. Os encontros antes das filmagens discutindo os personagens foi essencial.
 
Quanto ao espaço destinado ao curta, infelizmente caímos na mesma discussão em como a arte de uma forma geral não encontra espaço no dia dos brasileiros, o produto artístico encontra espaço na mídia quando e vendável. Quando o curta e exibido antes de um longa, no cinema, passa a despertar o interesse do consumidor de cinema, mas não atinge a população em geral, então, acho muito importante que todos os segmentos da arte sejam tratados como matérias importantes nas escolas, para que a arte faca parte da formação do individuo, que a televisão de muito espaço, tanto para cinema como para todos os outros segmentos artísticos, mas isto ainda e uma utopia, porque vivemos em um mundo capitalista, onde o lucro e importante, e não e interessante que as pessoas pensem, e a arte faz pensar!
 
Quanto a viver de arte no Brasil, convenhamos que e uma faixa muito mínima que consegue viver decentemente, sempre e necessário abranger suas atividades, se torna muito difícil se dedicar a uma coisa só.
 
E, para finalizar, não penso em dirigir curtas, mas estou me preparando para dirigir pecas de teatro!