sexta-feira, 21 de junho de 2013

Nico Puig

 
Você faz parte da memória afetiva de milhares de pessoas. Como é lidar com isso?
Tento seguir sem pensar... mas respeito minha historia e principalmente o publico... Trato as pessoas como gosto de ser tratado...
 
Aos 17 anos você já apresentava o programa ‘Revistinha’,na TV Cultura. Quais as recordações desse trabalho?
Foi maravilhoso ter a oportunidade de fazer um programa diário- Ao Vivo , no inicio do meu trabalho. Aprendi muito a trabalhar o improviso e me deixar levar pelas situações adversas... Trocar "figurinhas" com Dani Barbieri e Ariel Borgui e com todo o publico.
 
Como foi a experiência de trabalhar na TV Cultura?
Foi incrivel!!! Adorava chegar na emissora e abraçar as arvores antes de começar o programa. Fazer parte daquela epoca na TV cultura, com grandes programas premiados como Castelo Ra-Tim-Bum, Materia Prima e outros... fazer as coisas acontecerem com o que se tinha.
 
Atuando como o maquiavélico e poderoso Fred, de ‘Olho no Olho’, você ganha projeção nacional, como foi isso? É muito assustador?
Foi tudo muito rápido... e claro me assustou no inicio... antes era apresentador de um programa da TV Cultura em São Paulo e logo depois era antagonista de uma novela da TV Globo.
 
Em ‘Malhação’ você fez sucesso com o personagem Bad Boy, outro “vilão”. Por que esses papéis?
Talvez porque nunca fui o protótipo do galã, apesar de tê-lo feito em sex appeal e em outros trabalhos, mas sinto que o publico gosta de me ver no papel do vilão ... e os diretores também...
 
Por que todo ator diz que o sonho dele na profissão é fazer o papel de vilão?
São personagens que lidam muito com o subtexto... fazendo o ator sair da área de conforto... e acho que hoje o publico tb torce pro vilão...nem que seja pra ele se dar mal no final.
 
Não ficou com receio de ser tachado como ator de um tipo só?
Engraçado... me rotulam indiretamente...qual pergunta aqui foi feita sobre o Grande Pai...Sex appeal, Canoa do Bagre, entre outras que fiz personagens bons????????
 
Em 1998 você participou da novela Estrela de Fogo, na Record. Como foi a experiência de trabalhar em outra emissora após anos na Globo? Para um ator, quais os benecifios nessa transição de trabalho?
No meu caso estar mais proximo da minha familia...
 
Boa parte da sua trajetória artistica é dentro do SBT, na emissora você realizou muitos trabalhos (Pequena Travessa; Maria Esperança). Como é fazer telenovela no SBT?
Adoro trabalhar no SBT...comecei fazendo O Grande Pai lá...ainda na Vila Guilherme...só depois fui fazer Sex Appeal na TV Globo e as outras...
 
Comente sobre a sua relação profissional com a emissora.
Respeito mútuo e ambiente de trabalho familiar...
 
Também no SBT você fez uma participação no programa ‘Dedé e o Comando Maluco’. Quais as principais recordações desse trabalho?
Foi gravado em Santa Catarina... gostei de fazer uma personagem voltada para as crianças...
 
Como foi trabalhar com Dedé Santana?
Admiro seu trabalho e foi uma experiencia única...
 
O que ainda espera fazer na sua carreira?
Fazer um programa de reciclagem, releitura e resgate. Trabalhando meu lado' b' como designer da lata...
 
O contraponto da sua carreira é no teatro, onde os papéis que lhe oferecem são mais “leves”, qual seria a razão disso?
Meus trabalhos no teatro quase sempre são voltados para o humor... tendo visto que já ganhei prêmio de ator revelação fazendo comédia talvez por isso os convites para este tipo de espetáculo...mas já fiz musicais e também textos mais pesados...
 
Qual é a importância para a formação de um ator o trabalho no teatro?
Digamos que no teatro você aprofunda mais e tem tempo de se reinventar... Sendo assim uma ótima reciclagem profissional para o ator.
 
A caixa preta do teatro de certo modo não é intimidatória para o grande público? Ela não é muito canônica?
Depende do ponto de vista... acho a TV muito mais sinuosa neste aspecto...
 
Por que você fez pouco cinema?
Já fiz alguns trabalhos. Pobres Por Um Dia, Ecléticos Corações, este ganhando o prêmio no festival internacional Remake. Feliz Aniversario... entre outros...alguns curtas , outros médias...
 
Quais as chances de um novo cineasta lhe “fisgar” e contar com a sua participação no filme dele? O que ele precisa para te conquistar?
Bom roteiro boa equipe e bom olho cinematográfico.
 
O curta-metragem é o maior campo de liberdade para um ator?
Acho que o teatro de rua pode ser mais livre... para o ator... Talvez para o cineasta sim seja esta liberdade de experimentar a que você se refere.
 
O ponto mais polêmico da sua carreira é quando posa nu para a revista ‘G Magazine’ - que resultou numa das capas mais vendidas da história da revista. Apesar de parecer liberal, a classe artistica e o mercado de trabalho são bem conservadores em alguns apectos. Não ficou com receio de as coisas se estreitarem para você?
Tanto que evito falar a respeito...