sábado, 24 de janeiro de 2015

Ana Arcuri


Atriz. Atuou na telenovela “Amor e Ódio”, no SBT.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Ter um cachê mesmo que seja simbólico, não ser pornografia, ou uma proposta que eu esteja envolvida.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Tenho pouca. Fiz alguns para projetos sociais para uma turma que estuda cinema.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Porque estamos num país que todo mundo que não tem fama, não tem espaço, e nossa cultura de assistir a curtas se restringe há um pequeno e seleto grupo.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Sempre antes de dos grandes filmes em todos os cinemas inclusive as grandes redes.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Com certeza.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Muitas vezes sim.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
União, assim como para qualquer setor artístico.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Sim, mas como sou atriz sempre penso em atuar.


Marcelo Miranda


Formado em Jornalismo na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Mantém textos em  sites como o Digestivo Cultural (www.digestivocultural.com.br) e Cinequanon (www.cinequanon.art.br) e nas revistas independentes Paisà, Teorema, Pipoca Moderna e Taturana.

Qual é a importância histórica do curta na filmografia nacional?
O curta-metragem sempre foi mola-mestre no cinema mundial, antes mesmo de ganhar o rótulo de "curta-metragem" (afinal, numa época em que os filmes eram todos curtos, só assim eles podiam existir). No Brasil não foi diferente, e muito da experimentação de linguagem e estilo que tanto marca nossa produção veio no curta. Para ficar em apenas um exemplo, o movimento mais estudado e reverenciado no país (o Cinema Novo) teve como base trabalhos curtos como "Arraial do Cabo" e "Aruanda". O curta, ainda hoje, permanece como um autêntico oásis de criatividade e ousadia e há muito deixou de ser considerado "ensaio" para longa-metragem. Ele existe e tem força autonomamente.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Por um motivo, a meu ver, muito simples: o curta não tem existência como produto comercial. Numa época como a de hoje, em que as pautas culturais são primordialmente a partir daquilo que repercute, que rende, que "dá o que falar", o curta-metragem apenas ganha atenção e importância se se tornar algum tipo de fenômeno - como aconteceu recentemente com "Recife Frio", de Kleber Mendonça. Mas isso não é apenas do curta. Filmes independentes em geral, longas, só ganham espaço quando estreiam (se estrearem) ou se forem incensados de alguma forma nos espaços restritos onde foram exibidos.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Acho, na verdade, que o curta-metragem brasileiro, hoje, tem bem mais exibições que no passado. Há o Canal Brasil e o Curta!, na TV, há projetos como a Programadora Brasil, há mais de 200 festivais pelo país que sempre incluem curtas (fora aqueles exclusivamente de curtas), há o Porta Curtas e canais como o Vimeo, na web. É claro que ainda não é suficiente para a importância do formato, mas já existe uma visibilidade muito maior do que há pouco tempo.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Não gosto de fechar a ideia de liberdade apenas no curta-metragem. Creio que a arte, como um todo, é um grande campo de liberdade para experimentação. O curta, por sua natureza (duração, orçamento necessário, equipe, etc.), tende a ter mais riscos e apostas, porque o prejuízo (financeiro e de visibilidade) é menor. Mas aí é com cada criador, que deve sempre escolher qual o melhor formato e linguagem para desenvolver suas ideias.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Como comentei acima, não acredito nisso e nem acho que o curta seja pensado assim. Na verdade, é claro que certos realizadores vão tentar desenvolver ideias pelo curta com intuito de chegar ao longa-metragem, mas isso não é necessariamente uma regra e nem significa que vá funcionar sempre. É apenas um recurso artístico disponível - e, claro, absolutamente legítimo.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Não sei o que significa "vencer no audiovisual brasileiro" e não penso o cinema (a arte) como uma questão de "vencer" ou de competição.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Nunca foi um plano e continua não sendo. Me interessa realmente refletir, pensar, absorver o cinema. A feitura, a criação, não é algo muito forte em mim, por diversos motivos. Não que não vá fazer nunca, mas realmente não é uma meta.

Helô Pinheiro


A eterna Garota de Ipanema atuou no filme ‘O Dia do Gato’, de 1987, dirigido por Davi Cardoso.

Sua carreira é marcada, principalmente, na apresentação de programas. Foi assim com ‘Ela’, na TV Bandeirantes, na década de 80, ‘Show da Tarde’, no SBT, ‘The girl from Ipanema’ no canal 42 Miami, ‘Helô Pinheiro’ na Rede Mulher e’ Rio Mulher’ na CNT Rio. Podemos dizer que a sua essência artistica éa televisão?
Minha carreira pode ter sido marcada pela TV porque sempre foi o meu desejo e onde eu me sinto bem trabalhando Como você sabe, fiz diversos programas de variedades que é a minha praia A minha essência artística e realmente a TV. Paixão do coração. 

Você fez participação na telenovela “Aquele Beijo”, de Miguel Falabella. Como foi a experiência?
Trabalhei em outras novelas como “Cara Cara” na Band ,”Água Viva” e “Coração Alado” na Globo e “Meus filhos Minha vida” no SBT e agora fiz uma participação em “Aquele Beijo” que a trilha sonora era Garota de Ipanema

Nunca pensou em se consolidar como atriz?
Na realidade estava no caminho, mas a doença do meu filho me fez abandonar a ideia uma vez que na época eu precisei me dedicar a ele e tive que optar. Doeu mas não o deixei sentir dor como mãe, me coloquei no mundo, tenho o amor e a responsabilidade com os filhos

Já tivemos experiências com outros profissionais que foram modelo e se estabeleceram na TV e no cinema, como Vera Fisher, entre outras. Quais os benefícios que uma modelo pode levar para seu trabalho na TV ou no cinema?
A vida de modelo não e fácil, na realidade é um aprendizado a se libertar de certas rédeas a que somos submetidos quando jovens, mas que nos da a satisfação de poder ter o seu ganho fazendo o que se gosta. Os benefícios e a disciplina e a forma de ser mais descolada e ter a postura estudada.

O filme que conta na sua filmografia é ‘O Dia do Gato’, de 1987, dirigido por Davi Cardoso. Quais as suas principais lembranças dessa produção?
Lembro da ansiedade em participar de meu primeiro filme. Foi uma emoção incrível um aprendizado de grande valor, mas pensei que seria o abre alas para outras películas mas David Cardoso fechou a Produtora Dakar e não tive convite para outras filmagens. Senti muito, mas talvez não fosse a praia que eu sonhava , sei lá....

Por que você fez tão pouco cinema?
Porque não tive convites , bem que gostaria

O curta-metragem é a plataforma mais usada para expandir ideias audiovisuais. Sejam elas técnicas ou artísticas. O que te faria aceitar participar de uma produção em curta-metragem?
O que me faria aceitar seria primeiramente receber o convite e lógico que ler a sinopse e me sentir acolhida na história ou mesmo entusiasmada com o personagem. Só lembrando que fiz muitos comerciais e se eu não tivesse pelo menos talento, não teria feito tantos como fiz e que deu uma parada e isso atribuo a idade pela discriminação.  

Manoela Pamplona


Atriz. Integrante da Cia. Paidéia de Teatro.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Uma boa proposta artística, um roteiro ou conceito no qual eu acredite artisticamente.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Nunca cheguei a concluir nenhum trabalho. Gosto muito de filme, mas me dedico ao teatro. Por destino as vezes que comecei a me envolver com curtas por um motivo ou por outro os projetos não foram pra frente. Ainda estou à espera da minha estreia.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acredito que os curtas ainda tenham que conquistar seu espaço na mídia. Ainda somos bastante quadrados, muitas formas de arte não tem espaço, por exemplo o teatro infantil, as artes de rua, performances, até os documentários ainda estão na luta por um espaço. Já estamos no caminho, com a internet, a divulgação dessas artes que ficaram mais marginalizadas se tornou mais fácil.

Mas o caminho é longo.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Esses festivais de curtas chamam muito a atenção. Acho que, pelo menos nas cidades grandes, as pessoas não saem de casa para ver um filme curto, ainda que ele seja intenso e maravilhoso, a relação com o tempo de duração ainda é muito forte. Por isso acho que para serem exibidos para o público, devem estar atrelados a outro evento: outros curtas, um show... Ou até mesmo invadirem espaços cotidianos, em vez de passar TV nas salas de espera, no ônibus, enfim, tem tanta TV ligada o tempo todo por aí... seria lindo se a programação delas fossem curtas bem feitos.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Não. Não acredito nisso não. Um trabalho artístico pode ser experimental ou não, independente da forma. Acho até perigoso esse conceito. Claro que um trabalho ruim, quanto mais curto melhor, rs... mas ninguém tem a intenção de lançar coisa ruim, não é?

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Talvez sim. Um filme requer muitos recursos, a produção de um curta deve exigir tanta expressão e seriedade artística quanto um longa, mas pode custar menos e servir de demonstração de um trabalho profissional (em qualquer das áreas envolvidas)

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Não sei. Hahahahaha... tem receita para vencer em alguma coisa? Seriedade, integridade, vocação e sorte. Talvez seja essa a receita.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Dirigir? Hmmmm... não. Não penso, mas posso pensar.

Paula Liberati


Atriz. É protagonista do filme "Amor Líquido", dirigido por Vítor Steinberg.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Porque eu amo fazer cinema, independente se é num filme de longa ou curta-metragem. Agora, o que me leva a escolher determinado filme para atuar, primeiramente é o roteiro. Depois o trabalho do diretor. Quero sempre saber a visão dele do roteiro, como ele pensa a câmera, o som, o tempo do filme. E eu gosto de fazer curta-metragem porque tem muitos roteiros bons por aí.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Minhas primeiras experiências com o cinema foram em curtas-metragens. Foi onde aprendi a fazer cinema. Tive experiências bem variadas, e o que me fascina é o trabalho em equipe, onde todo mundo é fundamental para o filme ser bom!

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Existem espaços em São Paulo, como a cinemateca que colocam em sua programação curtas-metragens, temos na cidade e no país festivais de curta. O de São Paulo (Kinoforum) é muito legal, mas percebo que é um público formado em sua maioria, pela classe artística. E talvez seja justamente por isso, que não tem uma crítica em jornais e mídia geral, não vejo uma formação de público para tal mercado.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Antes da problemática da exibição, acredito que tudo começa na escola. Se tivéssemos em todas as escolas cursos de cinema, música e outras artes, não formaríamos apenas artistas, formaríamos um público educado, consumidor de arte. Mas uma ideia, é exibir curtas-metragens antes dos longas para ganhar público, força e consequentemente mais espaço para exibição.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Não vejo desta maneira. Ele simplesmente é um filme de menor duração. Assim como existem longas-metragens mais experimentais, existem curtas-metragens menos experimentais. Quando vou atuar, não penso se é um curta ou um longa, experimento de acordo com que me é proposto pelo roteiro, pela direção, e pelo o que eu sinto do que a personagem pede.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Não necessariamente, mas comigo foi (risos)! Existem atores que já começam fazendo longa, outros que chegam no longa pela televisão, e atores que fazem muitos curtas que nunca fizeram um longa! É meio inexplicável. Não tem uma regra.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Estou filmando o longa-metragem, Amor Líquido (direção de Vítor Steinberg) e nosso maior obstáculo é a falta de incentivo, porque todo o resto para vencer, conseguimos reunir: as pessoas talentosas. Com esta experiência te digo que ter a receita é ter incentivo, talento e paixão reunidos.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Já pensei, mas no momento me dedico à atuação. Só que assistindo aos filmes sempre fico atenta à direção. Reparo como a posição da câmera muda a intensidade da atuação. Por exemplo: uma câmera mais fechada no olhar exige uma atuação mais intimista. Já num filme de ação, percebo que a câmera é mais aberta e exige outra intensidade. Essa parte técnica da direção, com certeza, fortalece meu trabalho como atriz, que agora é o meu foco!


Vera Bonilha


Atriz. No cinema participou do curta-metragem "Selvagem" de Daniel Lopes e dos longas-metragens "Jogo Subterrâneo", de Roberto Gervitz; e "Quanto Vale ou é por Quilo?", de Sergio Bianchi, e dos curtas-metragens "O Presente" de Cauê Custódio, e "Merda di Vida" de Mauro Dáddio. Realiza ainda trabalhos na área de Locução e Dublagem (como "Garoto Cósmico", de Alê Abreu; e "Memórias Póstumas", de André Klotzel).

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Eu adoro cinema. Gosto de muito assistir e muito mais de fazer. Sou dessas atrizes que adoram estúdio, de falar baixo, de repetir a cena, do olho no olho, do famoso.... "menos é mais". Para mim atuar no cinema é mais difícil que no teatro ou na TV, é um desafio, afinal, como dizia Godard "O cinema deve ser a verdade 24 quadros por segundo", e eu adoro! Quando estou envolvida numa produção fico tomada, digo aos meus amigos que poderia filmar todos os dias da minha vida...

Então, fazer um curta é, para ser sincera, o que eu gostaria de estar fazendo agora. No cinema sou uma atriz bissexta, mas mesmo assim gosto de ler o roteiro e conversar com o diretor antes de aceitar um convite, porque quando o diretor não sabe o que quer, corre-se o risco do filme se tornar um grande desgaste para todos.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Sou formada em cinema pela Faap. Na verdade houve uma época da minha vida em que entrei numa verdadeira crise com o teatro, com ser atriz e fui fazer cinema. Eu adorava cinema e resolvi abandonar a atuação e descobrir em qual área, por trás das câmeras, eu poderia me encaixar no cinema. Achava bonito a direção de arte, fotografia, roteiro e queria me aprofundar para tentar mudar o rumo da minha carreira. O fato é que durante todo o curso eu me identificava mesmo com as aulas de direção de atores, e no meu filme de formatura acabei exercendo essa função. Em outro curta na faculdade me convidaram para testar os atores e no final acabei sendo convidada para atuar também. Ou seja após anos de faculdade me formei no que eu já fazia, atuar e trabalhar com atores. Esse curta-metragem chama-se "O Presente" dirigido pelo Cauê Custódio e foi meu primeiro curta-metragem. De lá pra cá fiz mais alguns. Sempre atuando.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Porque têm pouca visibilidade. Não estão nas salas de cinema comerciais, e aparecem muito pouco na TV. Mas não acho que haja um preconceito do público em relação aos curtas, mas talvez dos exibidores e distribuidores.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Acho que deveria haver mais festivais, pois o público teria acesso a vários curtas. Eu muitas vezes fui para assistir um específico e acabei ficando para ver outros e foi muito bacana. Outra possibilidade seria passar antes dos longas como acontece com os desenhos da Pixar, ou como acontecia nos cinemas nos anos 80. A gente gasta um tempão vendo trailer, propaganda e eu acharia bem melhor assistir um ou mais curtas antes.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Deveria ser, mas não acho isso uma regra. Tem curtas muito caretas, e longas mais arrojados. Depende do diretor. Como o curta é mais barato e pode-se filmar com câmera digital, os diretores e roteiristas poderiam ousar mais, mas vejo muita gente tentando reproduzir um modelo mais conservador.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Para um diretor, sim. Porque é muito difícil que um diretor que não passou pela experiência de um curta, venha a dirigir um longa. Mas para os atores não necessariamente. Atores que nunca fizeram um curta, podem fazer um longa com um personagem menor, se não tem muita experiência.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Participar dos Festivais Estrangeiros!

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Penso, mas por enquanto gostaria de fazer mais como atriz.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Daniela Rocha Rosa


Atriz, diretora e pesquisadora. Com o Circo Amarillo, atua em “Na Estrada” e “Experimento Circo”.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Algumas coisas são importantes dentre elas vou colocar 2. A primeira é a afinidade artística com o diretor. Preciso olhar e entender que é um caminho novo, lindo e desafiador a ser descoberto. A segunda é a seriedade do trabalho. Fundamental ter uma proposta com cronograma organizado, e saber que existirá qualidade no processo de produção.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Trabalhei muito pouco. Na verdade tive algumas experiências que me fizeram refletir sobre o tal "aceite". Hoje tenho apenas um nome de diretor que realiza curtas que me atrai o trabalho é foi com ele que realizei bonitos trabalhos. Vale a pena citar seu nome Erico Rassi.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Bem, qualquer coisa que eu responder será um "achismo", mas acredito que as produções sem apoio acabam não surtindo muito efeito, porque sempre acaba faltando alguma coisa, seja um bom elenco, um bom roteiro, uma boa produção. É muito difícil trabalhar com excelência sem verba. E com isso, a visibilidade, interesse do público acabam diluindo e não provocando ecos na mídia. Ainda o cinema dos curtas é muito experimental e a linguagem inovadora muitas vezes é banalizada pelo público. O Youtube! pode ser um caminho lindo para popularizar e fazer acontecer.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Bem, se eu fosse interessada em fazer um projeto (risos) eu abriria um programa que exibiria um curta antes de alguma novela. No mundo das ideias cabe tudo, eu sei.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Não sei te dizer. Minha formação e experiência como artista de teatro me mostrou que a liberdade para experimentação é a coragem de sair e fazer arte em qualquer lugar. Tudo o que depende muito de outras pessoas tira um pouco a liberdade para experimentação.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Sim. Não digo um trampolim, mas um caminho de aprendizado. Um estágio. Como em qualquer arte. Começamos criando cenas curtas e depois um clássico.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Poxa, isso é algo que não sei. Sempre converso muito com meus amigos "do cinema" e nos perguntamos o mesmo. Espero que encontremos respostas. Obrigada por perguntar.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Sim. Penso. Acho muito possível. Quando o projeto estiver mais próximo, eu te aviso. 

Ludmila Rosa


Atriz. Atuou em “A Coleção Invisível”; “À Beira do Caminho” e; “Seja o que Deus Quiser”.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
O roteiro, as pessoas envolvidas e o personagem que irei fazer.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Não tenho muitas experiências com curta, fiz apenas um. Mas gosto de experimentar linguagens novas e acho que o curta tem essa característica, além de ser um grande exercício para cineastas que estão começando, na maioria das vezes. Gosto também do poder de síntese que um curta deve ter, contar uma história em pouco tempo é sempre um desafio.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acho uma pena a falta de espaço, mas creio que isso acontece com toda arte que não tenha um desempenho no mercado, ou seja, que não gera grandes audiências e dinheiro, especialmente quando se trata dos grandes veículos de comunicação. Por outro lado, creio que hoje em dia, com a internet, esse formato pode facilmente chegar a novos espectadores, novos espaços podem ser abertos através da divulgação na rede, independente da mídia mais tradicional.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Acho que através de mais eventos como festivais, sessões de cinema, programas de TV e internet dedicados a curtas. Também acho legal levar esse tipo de trabalho às escolas, para um público jovem, preparando-o para assistir a linguagens diferentes, criando debates com os artistas e produtores. Creio que isso poderia também ajudar na formação de uma maior audiência para o cinema nacional, além das comédias que atualmente fazem mais sucesso.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Não acho que seja o único ou o "grande" lugar para experimentar. Um artista pode experimentar sua arte em qualquer veículo, em qualquer meio, depende muito de como ele se coloca em relação à sua liberdade de criação. O curta é um bom lugar pra fazer isso porque geralmente tem uma produção menor, menos compromissos de mercado, então fica mais fácil arriscar.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Não necessariamente, mas creio que seja um ótimo exercício para os cineastas, roteiristas, toda a equipe.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Receita para vencer? Isso existe? Se existe me passa logo!!! (risos).

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Penso em dirigir e escrever, mas não sei se seria um curta, um documentário, um longa-metragem, uma peça de teatro... Não se faz cinema sozinho, então só me aventuraria nesse meio se achasse os parceiros certos, que eu tivesse confiança artística.


Sérgio Sartório


Ator. Seus trabalhos em cinema incluem os curtas-metragens "Ódio Puro Concentrado", de André Miranda (2006), e "Bem Vigiado", de Santiago Dellape (2006), e o longa-metragem "Simples Mortais", de Mauro Giuntini (2007).

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
A primeira coisa é o roteiro e quem são o diretor e o fotógrafo. Depois a escolha do elenco e como este elenco se encaixa no roteiro. Acho que, por serem as primeiras experiências dos diretores, os curtas pecam muito na escolha de elenco e isso pode acabar com qualquer boa ideia.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Minha experiência em curtas é totalmente positiva. Aprendi muito com diretores e fotógrafos como Jimi Figueiredo, Alexandre Magno, Santiago Dellape, Andre Carvalhedo, Andre Miranda, Lavenere, Cunha e vários outros. Me arrependi poucas vezes por ter aceitado um convite e mesmo estas poucas vezes tiveram algo a me ensinar.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acho que o objetivo dos curtas-metragens quase nunca é comercial e isso chama pouca atenção da Mídia. Agora com a obrigatoriedade de conteúdo nacional nos canais a cabo, isso deve mudar. Mas também acredito que devemos pensar em outras possibilidades.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Adoraria ir ao cinema e ver curtas antes dos longas ao invés de ter que engolir 20 minutos de publicidade. Poderíamos ter também mais exibições alternativas.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Aprendemos a fazer cinema com os curtas. Com certeza é o lugar de experimentar e de acertar.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Acho que é o caminho, não sei se é o trampolim porque o salto para um longa é bem grande e é preciso acumular outras experiências como por exemplo trabalhar em longas de outros diretores com mais estrada.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Quem souber, por favor me conte.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Penso sim, mas ainda tenho que aprender muito da linguagem pra me arriscar. Dirijo teatro. São linguagens bem diferentes.

Gabriel Godoy


Ator formado pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD/USP), com cursos na Oficina de Atores Nilton Travesso, Studio Fátima Toledo, Studio Wolf Maya, Oficina de Atores, com Vladimir Capella, e Oficina dos Menestréis, com Deto Montenegro. Em 2008, é indicado ao Prêmio Femsa de melhor ator coadjuvante pelo personagem Papagueno em "A Flauta Mágica". Está no elenco da novela Alto Astral, na Rede Globo.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Penso que em primeiro lugar um bom roteiro, que me traga um desafio como artista. Depois analiso a produção, quem está por trás do filme para saber se realmente é um trabalho que vale a pena se entregar.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
A minha experiência é pequena e gostaria que fosse maior. Foi justamente por isso que comecei a produzir os meus próprios filmes de uma forma amadora. Comprei uma câmera, aprendi a editar e esperava as ideias brotarem na minha cabeça para fazer virar um filme. Tudo muito simples e sem fins lucrativos. Depois de ter feito o longa metragem "Os 3" fui fazer meu primeiro grande curta-metragem com direção de Tuca Paoli chamado "Amadores" que foi para Cannes e que foi uma linda experiência.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Penso que não só os curtas mas o cinema nacional em geral está procurando seu espaço ainda. Sinto uma evolução com os festivais e com grandes atores já consagrados fazendo curtas. Talvez aumentar o número de festivais ou até quem sabe fazer com que um curta possa ficar pelo menos um mês em cartaz já que fazer é um trabalho tremendo. Quem saber a mídia se interessaria mais.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Como disse na outra pergunta acho que os curtas deveria entrar em cartaz. Existem algumas sessões em algumas salas mas pouco divulgadas. Quem sabe um trailer de curtas enquanto vamos ver um longa? Sei lá, temos que ter ideias novas. Acho que o Festival Internacional De Curtas de São Paulo está sendo bem divulgado e eu senti um bom público, tudo bem que sempre mais o pessoal do meio. Agora me surpreendeu o número de filmes feito de qualquer jeito ou mal feito mesmo. Acho que a cada cinco filmes que a sessão tinha, dois eram bons. E isso pode afastar o público também. E lógico que ter mais o apoio da mídia, abrir o jornal e ter uma página inteira falando de um curta, seria lindo.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Com certeza o curta-metragem é uma forma mais viável da gente experimentar todas as maluquices que passam na nossa cabeça. Editas como o Prêmio Estímulo que premiam estreantes é um primeiro passo para entrar no mercado do cinema. Muitas vezes os curtas podem fazer carreira longa em festivais nacionais e internacionais. Ou seja levar o que você pensa como arte, como ideia pessoal para o público. Lógico que muitas vezes as pessoas exageram e fazem filmes que são uma viagem pessoal do criador sem nenhum convite para eu, enquanto público entrar na história...rs. Em 2011 fiz um experimento com minha mãe e minha avó bem amador que teve um bom resultado. Consegui propor uma reflexão para todos e acho que isso é o mais importante na arte, apontar um caminho, propor algo.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Acho que uma coisa não está ligada a outra. Sem dúvida fazer um curta-metragem de qualidade é ter um bom portfólio em mãos, mas depois de 10 anos de mercado percebi que quase não existe teste de curta-metragem, geralmente chamam os amigos atores para fazer. A minha primeira experiência no cinema foi protagonizar um longa-metragem sem nunca ter feiro um curta profissional pois existem vários teste de longa acontecendo o ano inteiro no Brasil que aliás são muito pouco divulgados para atores novos. Ou seja fazer cinema no Brasil, não é fácil. Mais do que uma questão de talento, é uma questão de sorte...(risos). Nos meus curtas amadores até criamos uma frase que é: "Se o cinema não vem até nós. Nós fazemos cinema."

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Trabalhar, trabalhar e trabalhar. Acho que com o tempo vamos conhecendo as pessoas, as produtoras, diretores, fotógrafos e etc... e essa teia de contatos ajuda a você entrar no mercado. O que vem me ajudando muito é fazer publicidade pois acabo conhecendo muita gente. Em 2012 fiz a próxima série da HBO "O Negócio", justamente por ter conhecido um pessoal em um comercial de cerveja. Me chamaram para o teste e lá já conheciam meu trabalho e sabiam que poderiam contar comigo.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Com certeza. Já dirigi muita coisa de brincadeira mas agora to escrevendo curtas para editais para poder fazer com verba um trabalho mais lapidado e com mais qualidade. Tenho alguns roteiros na gaveta que escrevi e cada ano namoro um para colocar nos editais. No ano retrasado quase peguei o Prêmio Estimulo, fiquei como segundo suplente mas foi ótimo para perceber que realmente se você sabe escrever um bom projeto você pode produzir seu próprio filme.

Bruna Longo

Atriz.  Bacharel em Comunicação Social – Cinema e Vídeo pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), em 2000, tem formação técnica profissionalizante como atriz pelo Teatro-Escola Célia Helena, em 1999. Mestrado em Movement Studies pela Central School of Speech and Drama – University of London, Reino Unido, em 2010, reconhecido pela Reitoria de Pós-graduação da Universidade de São Paulo (USP).  É membro da Cia. da Revista, em São Paulo.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Em primeiro lugar, convites de amigos, visto que me formei em cinema e tenho muitos colegas na ativa. Em segundo lugar, o potencial de relação entre personagens, mais que o roteiro ou o papel.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Minha experiência sempre foi meio punk rock, faça você mesmo - pessoas juntas e apaixonadas por cinema fazendo as coisas às suas contas. Um pouco como faço teatro também. Gosto assim.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acho que por ser curto, é visto como uma coisa "menor". Só deve ser por isso.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
A alguns tempo atrás em alguns cinemas, exibiam curtas antes dos longas, junto com trailers. Acho bem legal, atinge um público maior. E na TV também deveria acontecer isso, antes da exibição de um filme. O Youtube! gerou um outro meio de divulgação bem bom, que me atinge pessoalmente mais.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Toda forma de arte pode ser um campo para experimentação, indiferente do formato. Acho que o que muda é o ethos da coisa. Um curta pode ser super acadêmico e formalista, o Teatro, o longa, etc., também.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Não, não, não! Esse pensamento é que faz ele ser visto como "menor". O curta-metragem é como um conto, o longa-metragem um romance. Os dois são independentes, se fecham em si mesmos.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Trabalhar muito, aprender a lidar com a economia da coisa e se cercar de pessoas interessantes e interessadas como você.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Não, acredito que minha história com o cinema atrás das câmeras não era pra ser. Precisa um tipo de relação com o elemento técnico que eu não tenho no cinema, e sim no teatro.


Carlos Antônio Rahal


Ator. ‘Abelhas - Ataque Mortal’, é um filme que consta em sua filmografia.  

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Depende. Às vezes, tem cachê. Às vezes, tem um bom roteiro. Às vezes, eu não tenho nada pra fazer e me divirto rodando um curta.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Difícil falar em experiência. Já fiz vários curtas e cada um tem a sua história. Em geral, trabalhei com diretores pouco experientes e de bastante talento. Nesses casos, eu acabo ajudando. Mesmo com diretores mais tarimbados, o ator acaba ajudando muito num curta, pois, pelo orçamento curto, a equipe é pequena, os recursos são mínimos... Pelo menos, eu já passei muito por isso.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acredito que seja pela falta de interesse e conhecimento dos jornalistas. Não existem mais críticos de arte no Brasil, em especial em cinema e teatro. Eles não entendem nada. E os editores de cultura são, em geral, incultos.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Como era antigamente: antes de cada longa, era exibido um curta. O problema é que estávamos na ditadura militar e qualquer lixo que exaltasse o Brasil grande ia para o ar. Ninguém tinha paciência para ver aqueles curtas péssimos feitos com dinheiro público.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Acho que sim. Se você errar num curta perde menos dinheiro do que errar num longa. E os curtas se prestam a narrativas mais ousadas, mais estranhas, mais experimentais. Não é toda hora que um filme como, digamos, "Quero ser John Malkovitch" emplaca. Então, para quem trabalhar nessa seara, é bom experimentar antes em curtas e médias.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Talvez. Mas tem cineastas que só funcionam bem em curtas.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Sinceramente, não sei responder esta pergunta.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Não é a minha praia.

Marcelo Pacífico

Ator. Desde abril de 2007 faz parte do Núcleo de estudos para atores profissionais do Grupo Tapa, sob a orientação de Brian Penido e Guilherme Sant'Anna. Na televisão e cinema, protagoniza diversos curtas-metragens e também atuou em "Força Tarefa", série policial da TV Globo, ao lado de Murilo Benício.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Alguma característica artística que me interesse. Ou mais de uma, claro. Pode ser o roteiro, as pessoas envolvidas, o personagem, o local, o processo criativo.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
A minha experiência é positiva, sempre tive a sorte de pegar equipes envolvidas e profissionais. Um curta-metragem sempre começa em uma boa história e nos que participei o roteiro era sempre muito interessante. Assim, as filmagens sempre rolaram muito bem e o resultado final dos curtas que eu fiz são muito bons em sua média. Alguns premiados inclusive. Gosto muito de filmar curtas, gostaria de fazer mais.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Além de uma questão cultural, hoje em dia somos bombardeados por informação de todos os lados, a quantidade de notícias existentes e a consequente briga das mídias em chamar a atenção acaba banalizando muito o tipo de informação que recebemos e a qualidade com que são passadas. As artes em geral são artigo pouco absorvido pela nossa cultura, até porque as pessoas nem sabem como absorvê-la. Nas artes cênicas o espaço só é dado aos que já são famosos, fato. O espaço da maioria de nós artistas é muito restrita e normalmente só compartilhado por nós mesmos. Mas internet tem contribuído bastante para aumentar este espaço, acredito.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Não saberia responder, precisaria explorar mais este assunto específico. Mas é claro que se fossem exibidos em TV Aberta, ou nos cinemas antes dos longas-metragens, por exemplo, já seria um bom passo.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
É um dos. Acredito que em termos de cinema sim. Mas existem várias possibilidades em outras mídias. Inclusive a possibilidade de misturá-las.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Sim, acredito que seja um dos mais comuns.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Aha, se eu soubesse... Eu gostaria muito de poder participar mais do audiovisual brasileiro, adoro cinema e gostaria de ter feito e fazer muito mais nesta área. Assim, quem sabe, um dia eu descubra a receita. Deixo você publicar em primeira mão. Mas, sem dúvida, o amor ao que se faz é essencial.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Penso. É uma possibilidade.