segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Ludmila Rosa


Atriz. Atuou em “A Coleção Invisível”; “À Beira do Caminho” e; “Seja o que Deus Quiser”.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
O roteiro, as pessoas envolvidas e o personagem que irei fazer.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Não tenho muitas experiências com curta, fiz apenas um. Mas gosto de experimentar linguagens novas e acho que o curta tem essa característica, além de ser um grande exercício para cineastas que estão começando, na maioria das vezes. Gosto também do poder de síntese que um curta deve ter, contar uma história em pouco tempo é sempre um desafio.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acho uma pena a falta de espaço, mas creio que isso acontece com toda arte que não tenha um desempenho no mercado, ou seja, que não gera grandes audiências e dinheiro, especialmente quando se trata dos grandes veículos de comunicação. Por outro lado, creio que hoje em dia, com a internet, esse formato pode facilmente chegar a novos espectadores, novos espaços podem ser abertos através da divulgação na rede, independente da mídia mais tradicional.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Acho que através de mais eventos como festivais, sessões de cinema, programas de TV e internet dedicados a curtas. Também acho legal levar esse tipo de trabalho às escolas, para um público jovem, preparando-o para assistir a linguagens diferentes, criando debates com os artistas e produtores. Creio que isso poderia também ajudar na formação de uma maior audiência para o cinema nacional, além das comédias que atualmente fazem mais sucesso.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Não acho que seja o único ou o "grande" lugar para experimentar. Um artista pode experimentar sua arte em qualquer veículo, em qualquer meio, depende muito de como ele se coloca em relação à sua liberdade de criação. O curta é um bom lugar pra fazer isso porque geralmente tem uma produção menor, menos compromissos de mercado, então fica mais fácil arriscar.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Não necessariamente, mas creio que seja um ótimo exercício para os cineastas, roteiristas, toda a equipe.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Receita para vencer? Isso existe? Se existe me passa logo!!! (risos).

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Penso em dirigir e escrever, mas não sei se seria um curta, um documentário, um longa-metragem, uma peça de teatro... Não se faz cinema sozinho, então só me aventuraria nesse meio se achasse os parceiros certos, que eu tivesse confiança artística.