terça-feira, 10 de março de 2015

Estela Nunes


Atriz. Atuou em ‘Amigas’, com direção de Márcio de Lemos; ‘Menina Nina’, de Luciana Alckmin; ‘Praça Clóvis’, com direção de Rene Brasil; entre outros.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Principalmente o roteiro, não importa se é um curta ou um longa-metragem, o roteiro tem que me encantar de alguma maneira para que eu queira fazer parte daquela estória.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Eu comecei a fazer teatro muito cedo (15 anos), e quando estava para terminar o curso profissionalizante, fui buscar uma faculdade que completasse o que eu já estava estudando. Encontrei a faculdade de cinema da FAAP e decidi fazê-la. Com isso, comecei a ter contato com diversos profissionais da área de cinema, e assim comecei a trabalhar em curtas-metragens.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Se para os longas já é difícil conseguir distribuição e divulgação, para os curtas ainda mais. O retorno e exposição daqueles que apoiam ou patrocinam filmes é muito maior em um longa-metragem. Acho que esse é um dos motivos para a falta de espaço para os curtas.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Acho bem interessante algumas iniciativas de exibir um curta antes de algum longa. Assim, os curtas atingiriam um público infinitamente maior do que apenas os de festivais específicos e, quem sabe assim, despertaria o interesse de mais pessoas por curtas.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Acho que existe grande liberdade de experimentação sim, seja para um diretor encontrar sua linguagem ou para um ator ganhar experiência de atuação para cinema.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Não sei se diria trampolim, pois nesse mercado não existe fórmula. O que é real é a experiência que um curta te traz e a prática traz a excelência. Acredito que fazendo um trabalho bem feito, oportunidades podem surgir sempre, e no cinema não é diferente.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Como disse, não existe uma fórmula para o sucesso. Tenho amigos que estão muito bem posicionados nesse mercado e outros que continuam na batalha por um lugar ao sol. Porém, a persistência e talento são fundamentais para vencer nesse mercado.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Não digo que dessa água não beberei, mas por enquanto a minha paixão é na frente das câmeras. Mas quem sabe no futuro?