sexta-feira, 17 de julho de 2015

Rodrigo Mangal


Ator e cineasta. Dirigiu o curta-metragem “O Condenado”

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
A oportunidade de atuar em cinema ou audiovisual, além de participar de um bom projeto com pessoas bacanas.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Além de já ter atuado em alguns curtas-metragens, já dirigi e atuei em um curta de terror intitulado "O Condenado", que obteve um resultado bem interessante.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Me parece que a mídia cultural está cada vez mais "desespecializada", e tem seu olhar dirigido a pequenos grupos. Apesar de não viver muito a realidade do cinema, acredito que o ranço panfletário que dominou a sétima arte no Brasil há algumas décadas atrás, motivado pelo academicismo autoritário, enfraqueceu a relação do cinema com o público brasileiro e consequentemente, nos dias de hoje, o interesse da mídia em falar de produção alternativa de cinema nacional ainda é tímido, se não for nulo.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Realizações de mais festivais temáticos (terror, comédia, etc.), exibições de curtas em parques, ao ar livre (Parque do Ibirapuera, Parque da Aclimação). É necessário ter ideias, chamar a atenção. É um desafio enorme.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Com certeza, mas acho importante que a experimentação seja criativa, comunicativa, para que não se torne apenas uma masturbação artística que acontece somente na cabeça de quem realiza. Ter consciência, na medida do possível, de como e o quê sua obra de fato comunica é de fundamental importância.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa? 
Se fizer bons curtas, pode vir a ser. Com certeza, para muitos, é o começo.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Olha, não faço a mínima ideia, e se talvez soubesse, provavelmente não revelaria.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Sim, penso sim. Tenho uma história na cabeça que me anima muito em fazer. Quem sabe um dia?