domingo, 1 de novembro de 2015

Christian Hilário


Iniciou no Teatro em 1997. Participou de cursos e oficinas com Elvira Gentil, André Garolli, Brian Penido, Guilherme Santana, Ricardo Napoleão. Especializou-se em improvisação com: Pablo Pundik (Espanha), Mário Escobar (Chile), Sérgio Domingues (Chile) e Rhena de Faria (Brasil). Atuou em diversos espetáculos teatrais, entre eles: Clube do Improviso, Os Babaccos, A Deus Humanidade, Por que os Homens Mentem?, O Recruta, Espetáculo quase Artístico, Aves exóticas voam para Vazabarris e Todo Mundo Louco. No cinema, participou dos filmes: “Pano Verde” e “Bento da Caridade”.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Eu gosto muito da linguagem para cinema, eu venho do Teatro. Enquanto no teatro tudo é exagerado, no cinema é mais contido tem mais detalhes. Sem falar na produção, preparação dos atores para estudar o personagem fazer laboratório, para fazer os personagens... É muito rico e divertido fazer. E eu escolhi pelo desafio de fazer cinema, eu estava acostumado a fazer teatro e sempre quis fazer cinema. Até que eu fiz o meu primeiro e não consegui parar mais.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Foi uma experiência muito legal e rica, assim eu acabei conhecendo como funciona por trás das câmeras. O corre-corre das locações. Agendamento de elencos. Eu fiz uma produção e atuação no filme “Pano Verde”.  Tive que fechar locações, transportes, lanche, equipamentos. A galera da produção rala também. (risos).

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
É muito complicado essa questão. O motivo é que não tem muito apoio como no teatro. Porque os meios de comunicação não têm muito acesso as pequenas produções. Os produtores não divulgam muito isso na mídia. Não devemos colocar só as culpa na mídia... Temos que fazer como no teatro e nas grandes produções de cinema: mandar release para os jornais, revistas, rádios e TV. Mas, concordo, os curtas tem pouca visibilidade no Brasil.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Em salas de cinemas antes de iniciar os filmes. Nas redes-sociais. Os próprios cinemas grandes poderiam realizar seções de curtas. Montar mini-cinemas para rodar nos bairros ou cidades...

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Sem sombra de dúvidas, ele tem o poder de criar e imaginar. Só assim ele vai ganhar experiência.  Ele pode criar, viajar no personagem. E impor suas ideias.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Sim, você vai adquirindo experiência para produzir um longa. Um curta-metragem pode durar até vinte minutos. Já um longa-metragem pode ter uma hora ou mais... É muito mais complicado. Mais é uma escola para quem começa a fazer curtas.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Estamos vivendo um grande boom no cinema Brasileiro. E está dando certo... O segredo é um bom roteiro, bons atores, bons equipamentos e uma boa equipe de produção e edição.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Penso sim, e já estou me preparando. (risos)