sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Ligia Yamaguti


Atriz. Atuou no curta-metragem “Fragrância” e na série “O Negócio”, exibido na HBO.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Na verdade, o que me faz aceitar um trabalho é ter algo me instigue. Alguma provação, algum desafio, seja ele, o roteiro, as pessoas.  

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem. 
Não trabalhei  em tantos curtas, mas já trabalhei em diversos tipos de produção de curtas. Com e sem verba e é sempre muito importante o profissionalismo, o combinado, que as coisas sejam claras e ditas. O respeito com os profissionais envolvidos, isso pra mim, isso é fundamental. 

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Eu não sei. Acho que uma coisa leva a outra, como os curtas ficam muito restritos a uma carreira de festivais e acaba não atingindo um grande público, isso acaba não chamando a atenção da mídia em geral.  

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
O curta poderia ter mais espaço na televisão, são poucos canais que passam sessão de curtas-metragens. No cinema, antes dos longas, a gente poderia assistir alguns curtas. Ah! Tem a internet também, ótimo veículo para atingir mais gente. 

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
De certo modo, sim.  O bom do curta é que ele tem muitas facetas, ele pode servir pra muitas coisas. Ele pode ser uma obra acabada, mas também pode ser um experimento. Justamente por seu formato. É um curta. Ele pode ser mais simples que um longa, menos pessoas, responsabilidades e tempo envolvidos. O curta, muitas vezes,  é um cinema de guerrilha, a gente está lá pela vontade de fazer, tem a paixão que muitas vezes se perde em algo maior e com certas exigências a seguir. Ele não tem a obrigação de agradar ninguém. É uma coisa quase ingênua falar assim, mas é verdade.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Eu não sei se é um curta é um trampolim para um longa, mas geralmente quem quer fazer um longa, começa pelos curtas. Principalmente para os diretores, para os atores, acho que não necessariamente.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Difícil essa. Eu também queria saber... (risos).

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Acho a direção fascinante, futuramente, acho que sim. Mas, agora, vamos atuar!